quinta-feira, 29 de abril de 2010

Porque não se escolhe quem se ama / cont...

Bruna tinha me mandando uma mensagem, pedindo para que eu passasse em sua casa depois da escola. Eu não sabia se queria ir, mas iria. Afinal, Wendel não me perdoaria, e eu teria que seguir minha vida. Sempre pedi tanto que um dia Bruna me desse valor, agora com isso nas minhas mãos, não poderia deixar passar.

Depois do intervalo, acabei conversando com uma menina da minha sala. Era era uma das isoladas que eu tinha reparado.
- E há 1 ano e 3 meses eu luto contra a leucemia. Tento ser natural, mas não consigo. Tenho medo de me aproximar das pessoas, e elas tentarem ser legais comigo por pena, entende?
Pela primeira vez na vida, vi que minha vida era tão boa, e eu não sabia aproveitar de maneira certa. Karla sofria de leucemia, e não tinha mais muito tempo de vida. Ela não sabia ao certo quanto tempo teria, mas com certeza não aguentaria até aos 20 anos, e ela só tinha a minha idade. Ela me disse que tentou várias vezes tentar se matar, pois não tinha mais alegria de viver. Foi totalmente doloroso ouvir aquilo.
Ela ajudava na instituição que meus pais ajudavam sempre, de crianças carentes.

Como prometera, fui a casa de Bruna após a aula. No caminho, os amigos de Wendel passaram por mim de carro. Pena que eu vi depois que eles desapareceram na esquina. Bruna estava na calçada me esperando já. Quando me viu, foi me ajudar com os livros que eu trazia nos braços. Enquanto entravámos na casa dela, Wendel passou por nós, sem me olhar, sem se quer ... fazer nada. Fiz o mesmo, ignorei ele, e Bruna pareceu perceber isso.
Nossa conversa durou muito, fiquei na csa dela até 18:30hs. Ela queria voltar a ficar comigo, mas dessa vez queria mesmo. A sua ex tinha saído enfim da vida dela, e ela queria ficar comigo, só comigo.
Eu aceitei de cara, combinando não ser tão apressada como daquela vez. Enfim, teria alguém que eu gostava comigo, sempre.

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