quarta-feira, 21 de abril de 2010

Porque não se escolhe quem se ama / cont...

- Você costuma fazer isso sempre ? - ele me perguntava enquanto entrávamos.
- Não, normalmente, quem vem aqui é minha mãe. Todo natal ela vem. Ano passado eu não mandei nada, então resolvi vir aqui.

Estavámos em uma instituição que ajudava crianças carentes. Era minha primeira vez ali, e era muito triste. Uns homens que trabalhavam lá, pegaram a bolsa de roupas. As crianças enquanto viam aquela quantidade, se emocionavam. Eu chamei algumas para tirarem fotos. Eu vestia as meninas, e Wendel ficava admirado com os meninos. Fizemos até um desfile, no qual as crianças vestiam minhas antigas roupas e sapatos. As fotos ficaram lindas. Ficamos lá até 11:0hs, pois iríamos para a escola. Eu não tinha chorado para minha surpresa.

- Isso foi umas das coisas mais bonitas que fizemos juntos. Não conhecia esse seu espírito solidário.
- É, isso foi a única coisa que tenho dos meus pais.

Passei a aula toda dormindo. Naquela escola não tinha amigos, então ficava isolada lá atrás, com apenas meus fones de ouvido. Nenhum professor tinha o que reclamar, minhas notas sempre eram boas.
Meus pais não iam me buscar naquele dia, então eu iria à pé mesmo. Era um caminho não muito longo, daria para aguentar. Estava perto de casa, já na esquina, quando Bruna passa de moto com seu pai. Ela virou o rosto de minha direção quando me viu. Senti a dor no peito novamente, mas fingi ser forte e virei o rosto também.
Cheguei e me deitei na cama, dormindo até às 21:00hs. Eu ia jantar naquela hora, sozinha. Enquanto o jantar esquentava, deixei o computador ligando. Diego, amigo de Bruna estava online no msn. Falei com ele sobre a história, pedindo ajuda
.- Bom Alê, falei com ela, e vou te mandar o que ela respondeu.
* eu não quero falar nela. ela se iludiu demais, e agora está triste, mas a culpa não é minha.
* nós nunca namoramos, foi um fica por algum tempo, mas não namoramos. tudo foi coisa da cabeça dela.
- Sinto muito, eu tentei. - ele disse, e eu senti sinceridade nas palavras dele.
- Está bem, obrigada ainda assim.

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