terça-feira, 6 de abril de 2010

Porque não se escolhe quem se ama / Parte 4

Eu tinha marcado o encontro para às 20:00hs , ela iria me esperar na esquina. Eu vesti minha blusa listrada que Wendel me deu no dia do meu aniversário, e uma saia. "Digna mocinha patricinha" , disse para mim quando me olhei no espelho. Eu estava em cima da hora, então não daria mais tempo para trocar de roupa.
Fui ao encontro. Ela também parecia uma "digna patricinha" com uma calça azul que colava bem em suas pernas grossas e uma blusa branca frouxa.

Caminhamos em silêncio até a casa dela. Não ficamos na calçada, mas sim numa pracinha com parque que tinha na esquina. Lá foi a primeira vez que fiquei com Wendel. Está bem, chega de lembranças do Wendel não é ?!
Ela falava bastante, nem parecia aquela menina tímida que mostrava ser quando ficava com Vera. Ela era bem legal , à princípio. Falavámos de filmes, e até marcamos uma sessão para duas semanas que estava por vir.
Ficamos conversando por volta de uma hora. E quando nos despedíamos , ela me beijou. Espera! Eu não esperava aquilo de Bruna. Pensei que era amizade. Não que essa atitude dela me deixou com raiva ou triste, mas sim, surpresa, e detalhe, eu gostei demais.
Depois disso, não era mais despedida, era mais um fim para um novo começo. Ficamos conversando até às 22:30hs. Pelo visto, ela também gostara de ficar comigo, e queria também investir naquilo. Um dia depois, ela me ligou e ficamos conversando bastante. Eu estava afim dela e ela de mim, mas parecia que ela tinha medo de se envolver comigo agora. Mas no fim, eu pedi ela em namoro, que aceitou. Nada para ser contado à niguém, era algo só para nós duas. Meus amigos ainda não sabiam, passei aquela semana sem vê-los. Wendel aparecia lá em casa, mas eu fingia sempre não estar legal. Certo dia, ele até insistiu em cuidar de mim, mas eu fui ignorante para ele se tocar e ir embora. Isso foi numa quarta, hoje já é sábado, e Wendel não me apareceu mais. Eu sentia falta de tarde, porque meus pais saiam para trabalhar na agência deles, e eu ficava sozinha, sem Bruna, que dizia estudar. À noite, eu disse e não "pedi" aos meus pais que iria ficar na esquina.

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