sábado, 17 de abril de 2010

Porque não se escolhe quem se ama / Parte 15

Levantei da cama 5:00hs. O tempo ainda estava escuro, e chovia. Quando olhei para o calendário, lembrei que a pior data do ano era no dia seguinte, dia do meu aniversário. Como nos dois últimos anos, eu escolheria uma viagem, sozinha para algum lugar. Ano passado fiquei sozinha na casa de praia de minha mãe, em Morro Branco. Ela e meu pai foram apenas à noite, mas eu dormira cedo para não receber parabéns, mas no outro dia, eles esperavam por mim, e cantaram na hora que levantei da cama. Esse ano, teria que arrumar algum lugar para ir. Agora tinha amigos, e para minha sorte, eles não sabiam a data de meu aniversário. Eu os chamaria para algum lugar, bem distante, talvéz para o interior.
Acabei arrumando meu guarda-roupa, para ocupar tempo. Meus pais ainda dormiam. Como eu dormia em cima, liguei o som bem alto. Eles não se importavam mesmo comigo, então por quê eu ligaria em acordá-los?!

Peguei alguns tênis que não cabiam mais em mim, e algumas roupas que eu nem usava mais. Coloquei todas dentro de uma bolsa. Como Wendel era um rapaz responsável, eu teria que acordá-lo cedo também. Era 7hs da manhã na hora que terminei. Liguei para a casa dele, com certeza a mãe dele já estava acordada.
- Oi senhora Gomes, aqui é Alexandra, a amiga de Wendel que foi aí outro dia.
- Oi querida, tudo bem ?
- Não, aconteceu um problema e preciso falar com Wendel agora, tem como a senhora chamá-lo, ou ele ainda dorme ? - inventei na esperança dela não ficar tã preocupada e chamá-lo.
- Ainda está dormindo, mas espera que vou acordá-lo. Espera um minuto na linha.
Eu fiquei esperando um minuto exato, e Wendel atendeu ?
- Fala. - a voz dele era cansada e sabia que ele se estressaria se eu dissesse que era nada.
- Vem aqui em casa, rápido.
- Precisa ser agora?
- Sim, é urgente.
- Certo, vou só tomar um banho.

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